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Federação e sindicatos dão início às negociações coletivas

Florianópolis (SC) – A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) e os sindicatos filiados deram início ao planejamento das negociações coletivas para a categoria cujas data-base são novembro, dezembro e janeiro de 2022. O encontro com as lideranças de seis sindicatos filiados a Fentifumo ocorreu em Florianópolis, em Santa Catarina, e dela devem surgir as diretrizes para a realização das negociações com as indústrias, e posteriormente, as assembleias com os trabalhadores.
O presidente da Fentifumo, Gualter Baptista Júnior, que coordenou o encontro, destaca que a intenção é antecipar a pauta de negociação com as indústrias, bem como, programar as assembleias de trabalhadores. “Queremos reforçar a necessidade deste momento, que é importante para o trabalhador, pois são a partir destas negociações que avançam os benefícios e reajustes para a categoria”, pontua Baptista Júnior.
A partir da reunião, foram determinados os próximos passos, para que a partir de agora, federação e sindicatos possam abrir a rodada de conversa com as empresas. “Esta é uma nova filosofia, de antecipar, de planejar estas negociações que são obrigatórias para a conclusão das convenções coletivas que ocorrerão entre os meses de novembro a janeiro do próximo ano. Queremos garantir a participação dos trabalhadores neste processo”, conta o presidente da Fentifumo.
Participaram da reunião, os presidentes dos sindicatos filiados. Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria do Fumo de Rio Negro (Sitifumo), Valdemir Wielewski; Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo da Região Sul de Santa Catarina (Sitifursc), Vilmar de Faveri; Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo de Uberlândia (Sintraf), Romualdo Bezerra – que participou via Google Meet; Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias do Fumo do Alto Vale Itajaí (Sintifavi), Elísio Xavier; Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo, Alimentação e Afins de Venâncio Aires (Sitifumo), Rogério Siqueira e pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa), o presidente, Gualter Baptista Júnior.

O que acontece agora

Com o início da negociação, começa o contato com as empresas, cumprindo a data-base de cada categoria. Parte dos trabalhadores dos três estados do Sul e de Minas Gerais tem como limite o mês de novembro. Os próximos, precisam definir os reajustes e negociações até dezembro. E no início do próximo ano, encerram-se as convenções e negociações coletivas.
Após a apresentação das pautas – que serão elaboradas pela Federação e sindicatos – a Fentifumo propõe às empresas, as datas para a realização das negociações. Havendo aprovação, as propostas partem para as assembleias com os trabalhadores, para que seja finalizado o processo.

Nosso produto vale ouro

Na semana que passou uma notícia vinda do governo do Estado do Rio Grande do Sul deu um peso ainda maior ao título deste texto. Nosso produto principal – o tabaco – vale ouro. A cor dourada das folhas prontas para serem processadas pela nossa indústria não é nesta tonalidade atoa. Sem sombra de dúvidas, elas valem ouro.
Ao fechar o balanço acerca das exportações de tabaco no primeiro trimestre de 2021, nosso produto encerrou o período com um desempenho histórico, nunca antes registrado nas últimas duas décadas, que representa um acréscimo de 28,5% ou quase 400 milhões Dólares movimentados em exportações entre janeiro e março. Que privilégio!
O nosso produto, sim, é nosso. Parte da cultura da região, ingrediente principal das famílias produtoras, indutor de riquezas para os municípios incluídos na cadeia produtiva do tabaco e fonte de renda e satisfação para mais de 40 mil trabalhadores na indústria do tabaco. Nas indústrias legais, responsáveis pelos índices históricos alcançados neste primeiro semestre de 2021.
Quando, com muita expectativa, esperança e otimismo projetávamos um ano muito especial, mesmo ainda sob a influência da pandemia do coronavírus, era ancorado nesta força que move nossos negócios que prospectávamos um bom 2021. Que só tende a confirmar a trajetória de êxito de nossa atividade.
Para os trabalhadores da indústria esta é uma notícia mais que excelente. Ela reforça a relevância das empresas sérias que contribuem com o desenvolvimento, mas sobretudo, mostram o quão é qualificado e necessário o nosso trabalho para que a economia do estado seja impulsionada rumo ao desenvolvimento.
Nosso produto vale ouro e nosso trabalho também vale ouro. Somos profissionais comprometidos com o sucesso da nossa cadeia produtiva que começa no campo, com a dedicação do produtor, passando pelas experientes mãos dos trabalhadores, nas linhas industriais, seguindo embarcado como tesouro para o exterior.
Este resultado reforça ainda mais o duplo compromisso de nossa entidade. Primeiro na luta pelos trabalhadores, por meio da atuação dos nossos sindicatos. Segundo, pela necessidade da ampliação da fiscalização ao contrabando e ao descaminho, duas metástases que corroem nosso mercado de trabalho, puxando para baixo o desempenho final que, mesmo assim, consegue ser excelente, invejável e com índices históricos em plena pandemia.
Se hoje conseguimos celebrar estes resultados é porque nossa cadeia produtiva é uma das mais importantes da atividade econômica do Brasil e merece sim, nosso comprometimento com ela. Seguimos firmes, animados e ainda mais otimistas com nosso trabalho. Congratulações a todos os envolvidos na produção de tabaco e aos nossos trabalhadores que são peça-chave deste gigantesco e complexo processo.

Gualter Baptista Júnior
*Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores das Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo)
Mestre em Administração

Fentifumo e sindicatos reúnem-se para avaliar safra 2021

Florianópolis (Santa Catarina) – A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) reúne-se na próxima terça-feira, 22, no município de Florianópolis, com representantes dos sindicatos filiados dos três estados do Sul, mais o sindicato de Uberlândia, em Minas Gerais, para uma avaliação da safra 2021 e a projeção para o próximo período. O evento deverá também apontar as diretrizes iniciais para as negociações coletivas da categoria, marcadas para terem início a partir do mês de outubro próximo.
O presidente da Fentifumo Gualter Baptista Júnior irá conduzir a reunião. “Iremos fazer uma análise sobre as contratações de trabalhadores sazonais, assim como a redução no número de safreiros contratados neste ano. Ainda não temos o número fechado, mas houve redução, motivada ainda pela pandemia do coronavírus”, justifica Baptista.
No encontro ele representa também o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa), sindicato presidido por Baptista Júnior. Além da entidade santa-cruzense, irão participar da reunião o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo do Alto Vale do Itajaí (Sintifavi), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo da Região Sul de SC (Sitifursc), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo de Rio Negro – Paraná (Sitifumo) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo de Porto Alegre e Cachoeirinha. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do fumo de Uberlândia (Sintraf), irá participar de forma remota, pela internet.
Além da avaliação da safra em curso, a Fentifumo e os sindicatos irão projetar a pauta para as negociações coletivas, que iniciam no segundo semestre, a partir do mês de outubro, ocorrendo de forma escalonada nas diferentes empresas e estados. “Vamos discutir também sobre o papel da entidade à frente destas pautas. Será um encontro robusto, com muitas pautas e discussões. O número de contratações mais baixo e as próximas negociações são pautas muito importantes para a federação”, salienta o presidente.

Fentifumo mobiliza sindicatos para o enfrentamento à pandemia

Santa Cruz do Sul – A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) esteve reunida com as lideranças sindicais nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, para o alinhamento estratégico das ações para o ano de 2021. Com o avanço dos casos de contaminação com o coronavírus, e as medidas restritivas adotadas especialmente no Sul do Brasil, as entidades foram convocadas as acompanhar de perto as medidas adotadas, para que a Fentifumo possa intervir em defesa dos trabalhadores, caso seja necessário.
O presidente da Federação Gualter Baptista Júnior explica que as medidas de distanciamento para o controle do avanço da pandemia da Covid-19 – necessárias à preservação da vida – poderão repercutir em novas decisões que impactem nos empregos dos trabalhadores. “Ao exemplo do que já acontece, com um retardamento da contratação dos safreiros do tabaco em várias unidades fabris, reduções de jornada, ou até mesmo outras medidas podem afetar a categoria ali na frente”, projeta.
Baptista Júnior diz que este alinhamento com os sindicatos filiados ajudará em uma possível tomada de decisão ou estratégia, que neste caso será encampada pela Fentifumo, para a proteção dos trabalhadores, que somam mais de 40 mil em todo o país. “Queremos criar um engajamento uniforme entre a federação e os sindicatos, para seguirmos na manutenção da empregabilidade em nosso segmento.”
Além das visitas aos sindicatos, a Fentifumo liderou a negociação salarial entre a unidade da BAT Brasil (ex-Souza Cruz) em Cachoeirinha e o sindicato local, para o reajuste dos trabalhadores. O reajuste ficou em 100% do repasse do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos 12 meses em fevereiro. O percentual ainda não foi divulgado, no entanto, deverá ficar acima dos 5,35% de janeiro. “Mesmo em um cenário de incerteza conseguimos ampliar a margem, pois a empresa queria oferecer apenas 80% do índice. Além disso, garantimos um reajuste de 9% no vale-alimentação, passando de R$ 220,00 para R$ 240,00”, salienta o presidente da Fentifumo.

O tropeço na Covid-19

Pelo segundo ano consecutivo, o mundo todo, e especialmente o setor produtivo do tabaco, tropeça na pandemia do coronavírus. Preocupados observamos o atraso nas contratações, percebemos a safra primorosa que ainda não deslanchou e tentamos manter viva a centelha da esperança nos dias melhores novamente.
A pandemia nos trouxe várias lições – e parte deste legado acaba sendo positivo – como as práticas sanitárias que adotamos. A “descoberta” do teletrabalho das novas formas de estar presente. Do cuidado e do empenho da indústria em cooperar com a manutenção da saúde de seus colaboradores e da necessidade de mantê-los ativos de alguma forma.
O vírus também cumpriu um papel de polícia, de Justiça, fiscalizadora e repressora ao contrabando, que teve seus índices reduzidos a patamares menores, favorecendo a própria produção legal e nacional, açoitada diariamente pelo flagelo do contrabando e do descaminho, que no setor industrial do tabaco são tão perigosos quanto a Covid-19 e toda a sua devastação.
Porém, novamente tropeçamos. O obstáculo que nos faz titubear impede que a nossa safra de excelente qualidade possa colocar a todo o vapor as nossas fábricas que têm a necessidade de processar, fabricar e comercializar para todo o mundo. O ano de 2021 deveria ser de uma retomada histórica, por conta da própria pandemia que impediu negócios já em 2020.
O tropeço da Covid nos faz esbarrar na projeção de empregos, de um “velho” normal, com trabalhadores empregados, esteira cheia de tabaco, comida na mesa e impostos fazendo com que nossa região continue pujante.
O que nos faz levantar deste tropeço está ligado à própria força da nossa mão de obra, que se dobra, mas não quebra. São homens e mulheres que trabalham com dedicação para fazer deste setor um dos mais fortes da Região Sul. Na potência da indústria legal que enfrenta uma “pandemia” por ano para combater o descaminho e cumprir com as exigências de legislação e restrições ao produto. Força que é reflexo do trabalho no campo, que de sol a sol mobiliza famílias a planejarem um amanhã melhor, mais rico e cheio de vida.
Esta é, sobretudo, a força que nos leva a crer que logo ali adiante levantaremos deste pequeno tropeço, que nos leva a refletir mais uma vez sobre importância do cuidarmos uns dos outros, para que no futuro que se avizinha, nossos planos e projetos desta safra, e de todas as outras que hão de vir sim, tornem-se de fatos ações e realizações concretas. Vamos levantar novamente, não esqueçamos disso, é só um tropeço.

*Gualter Baptista Júnior
Presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) e Mestre em Administração

Trabalhadores do tabaco aprovam 5,20% de reajuste

Santa Cruz do Sul – O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa) e a Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) concluíram o processo de negociação coletiva para os trabalhadores da indústria cuja data-base de reajuste é o mês de dezembro. A categoria aprovou 5,20% de repasse, referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado de dezembro de 2019 a novembro de 2020.

O presidente eleito do Stifa Gualter Baptista Júnior explica que a partir das assembleias ocorridas com trabalhadores da ATC, Premium e Universal Leaf, a categoria aceitou as propostas das empresas para a correção salarial para este ano. “O Stifa já finalizou a data-base de novembro, com as negociações concluídas com a BAT Brasil (ex-Souza Cruz) e JTI. Agora também concluímos a data-base de dezembro”, destaca.

O índice de correção usado – 5,20% – também foi aplicado em benefícios sociais como a cesta básica e outros proventos, que variam de acordo com cada empresa. O ano encerra para o sindicato com todos os reajustes negociados e aprovados. Isto porque a última empresa a aplicar o reajuste é a Philip Morris Brasil, cuja data-base é janeiro. Os trabalhadores aprovaram a negociação passada, que previa o reajuste automático para dois anos. “A negociação realizada no início do ano determina o repasse integral do INPC, mais 0,5% de ganho real. Agora esperamos apenas a divulgação do índice acumulado de janeiro a dezembro deste ano, que ainda não é conhecido, para apenas aplicar o reajuste destes trabalhadores”, exemplifica.

Apenas Rio do Sul fica pendente

Já a Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) praticamente concluiu as negociações coletivas para o ano de 2020, com seus sindicatos filiados. Por meio da Fentifumo, os sindicatos de Uberlândia, em Minas Gerais, Rio Negro, no Paraná, Araranguá, em Santa Catarina e Santa Cruz do Sul (Stifa) já encerraram as negociações nas datas-bases de 2020.

Capitaneadas pela Fentifumo, as negociações com trabalhadores de Venâncio Aires também já foram concluídas, restando apenas os trabalhadores de Rio do Sul, em Santa Catarina, que ainda não realizaram as suas assembleias finais. “A data-base de dezembro ficará para o próximo ano, pois a assembleia geral dos trabalhadores, que tem data marcada para o próximo mês de janeiro”, destacou Gualter Baptista Júnior, que é presidente da Fentifumo.

Souza Cruz e JTI propõem 4,77% de reajuste aos trabalhadores

Santa Cruz do Sul – A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) e o sindicatos filiados receberam as propostas feitas pelas empresas JTI e Souza Cruz, para o reajuste dos trabalhadores da indústria do tabaco. As empresas propõem o repasse integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acumulado em outubro, em 4,77%. Outros benefícios também terão correções, que variam de acordo com cada empresa.

Após uma semana acompanhando as negociações com os sindicatos filiados à Fentifumo em Santa Catarina, o presidente da federação, Gualter Baptista Júnior confirmou a proposta formalizada pelas empresas JTI e Souza Cruz, cuja data-base de reajuste anual da categoria é no mês de novembro. “Conseguimos garantir o repasse do índice, sem ganho real, porém, com a reposição total da inflação acumulada no período”, avalia Baptista Júnior.

Segundo ele, outros benefícios como a cesta básica, auxílio odontológico e ticket ao orientador agrícola também serão reajustados, em percentuais diferentes em cada uma das empresas. “Podemos considerar como um avanço, pois mesmo em um ano de crise e de dificuldades tamanhas como está sendo o 2020, a inflação será repassada de forma integral.”
A partir de agora, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul (Stifa) e os demais filiados precisam organizar suas assembleias com os trabalhadores para votação da proposta. “Uma vez homologada pela categoria, as empresas farão o repasse imediato do reajuste, já nos vencimentos de novembro”, projeta o presidente da Fentifumo.

Demais fumageiras seguem tendência do INPC

Com exceção de Souza Cruz e JTI, que têm data-base em novembro e a Philip Morris Brasil, cujo reajuste ocorre sempre a partir de janeiro, todas as demais indústrias do setor deverão garantir o repasse integral do INPC, referente ao referente ao acumulado de dezembro de 2019 a novembro de 2020. Este índice é aguardado para a primeira quinzena de dezembro. “Assim que este percentual for conhecido, haverá a proposta formal das empresas. A partir de então, os sindicatos filiados e a Federação dão segmento as assembleias para apreciação com os demais trabalhadores”, explica o presidente.

“Está pendente ainda o percentual de ganho para quem trabalha à noite, e tem sobre o salário a incidência do adicional noturno. Quando este parâmetro for fechado, as empresas irão encaminhar aos sindicatos e à Fentifumo, para darmos sequência a este processo também”, destaca o presidente da Fentifumo.

Fentifumo e sindicatos dão início a negociações em Santa Catarina

Santa Cruz do Sul – Na próxima semana, a Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) participa das rodadas de negociação com os sindicatos filiados em Santa Catarina. Os encontros contemplarão os trabalhadores das empresas Souza Cruz e JTI, cuja data-base de reajuste é o mês de novembro. Na mesma agenda, ocorrerá um encontro com representantes das demais indústrias que têm o mês de dezembro fixado como limite ao reajuste.

O presidente da Fentifumo Gualter Baptista Júnior irá acompanhar as agendas que iniciam na próxima terça-feira, 10, com a reunião entre os sindicatos e a JTI. Na próxima quarta-feira será a vez da Souza Cruz e sindicatos sentarem para negociar. “Na quinta-feira, todas as outras empresas – exceto a Philip Morris, cuja data-base é janeiro – receberão as propostas dos trabalhadores”, diz Baptista Júnior.

Conforme o presidente, a pauta comum entre todos os trabalhadores é o repasse da inflação acumulada no período, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). “Existem pequenas variações, de empresa para empresa, como reajuste da cesta básica, do auxílio-creche e manutenção de plano odontológico. Cada sindicato tem propostas nesta linha”, aponta.

Outra questão comum na pauta dos sindicatos e federação está a manutenção dos empregos – tanto aos trabalhadores sazonais, quanto para os efetivos – aos trabalhadores pertencentes aos grupos de risco do novo coronavírus. Na última safra, vários trabalhadores foram afastados das linhas de produção, por conta das restrições da pandemia da Covid-19. “Esta é uma bandeira defendida pela Fentifumo, que agora será levantada em Santa Catarina também, para incluir os trabalhadores que pertencem aos grupos de risco no quadro de contratados da próxima safra”, destaca o presidente da Fentifumo.

Trabalhadores querem INCP e 1% de ganho real

Santa Cruz do Sul – Os trabalhadores das indústrias do tabaco já finalizaram a primeira proposta de reajuste salarial que será apresentada na negociação coletiva de 2020. A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo Afins (Fentifumo) apresenta na próxima semana o pedido de repasse integral da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INCP) do período, mais 1% de ganho real sobre as remunerações.

O presidente da Fentifumo, Gualter Baptista Júnior explica que os trabalhadores destacam dois pontos considerados essenciais nas negociações com cada uma das indústrias. “Entre as cláusulas econômicas, o destaque ficou com o repasse integral do acumulado da inflação do INCP, com o acréscimo de 1%. Esta é a proposta inicial formalizada pelos trabalhadores, nas assembleias que ocorreram dentro das empresas Souza Cruz e JTI”, pontua.

A o segundo ponto convergente entre a categoria diz respeito a manutenção dos contratos – seja para trabalhadores de safra, os sazonais, seja para efetivos – para pessoas dos grupos de risco do novo coronavírus. “Junto dos sindicatos filiados, seguimos mobilizados para que os trabalhadores com mais idade ou doenças que são fator de risco à Covid-19 não sejam excluídos no próximo ano”, complementa Baptista Júnior.

Na próxima semana a Fentifumo entregará as propostas aprovadas pelos trabalhadores as empresas Souza Cruz e JTI. Após este ato, as indústrias devem analisar os pleitos dos trabalhadores, e na sequência propor uma nova reunião entre a Fentifumo e os sindicatos, para que seja feita a análise da proposta patronal. “Ainda não sabemos como serão feitos estes processos, se iremos realizá-los na indústria, como foram feitos os primeiros encontros em outubro. A nossa intenção, no entanto, é concluir o processo até novembro, data-base dos trabalhadores destas duas empresas”, declara o presidente da Fentifumo.

Em dezembro devem ocorrer as negociações com todas as demais empresas, exceto a Philip Morris, cuja data-base das convenções e negociações coletivas é o mês de janeiro.

Fentifumo e sindicatos vão às indústrias realizar assembleias

Santa Cruz do Sul – A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) dará início, nesta semana, às assembleias de pauta com os trabalhadores, para dar início às convenções coletivas da categoria. Na quarta-feira, a federação e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul (Stifa), realizam assembleias na Souza Cruz e JTI.

O presidente da Fentifumo Gualter Baptista Júnior explica que é interesse da entidade promover a discussão com a categoria, no entanto, o cuidado com saúde dos trabalhadores ainda é o mais importante. A própria federação havia sugerido às empresas que não realizassem as assembleias enquanto houvesse o risco de contaminação com o novo coronavírus, repassando a correção salarial do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), nas datas-bases dos trabalhadores, e após, no ano que vem, realizassem os processos presenciais.

Com a negativa das empresas, a solução encontrada foi utilizar os protocolos criados dentro das fábricas para então promover as assembleias de pauta. “Pela primeira vez iremos realizar estas assembleias dentro das indústrias, será um momento de chamar o trabalhador para criar a pauta de reivindicação deste ano”, complementa o presidente.
Com data-base para o mês de novembro, trabalhadores da Souza Cruz e JTI são os primeiros a realizarem a assembleia de pauta no novo formato. “No turno da manhã discutiremos com os colegas da Souza Cruz, à tarde é a vez dos trabalhadores da JTI. Destas assembleias resultarão as propostas de benefícios e reajuste para discussão nas negociações”, esclarece o presidente da Fentifumo.

Após as assembleias de Santa Cruz do Sul, para Souza Cruz e JTI, a Fentifumo reúne-se com os sindicatos de Rio Negro, Tubarão e Rio do Sul, que já realizaram as assembleias de pauta com os trabalhadores, para dar sequência ao processo de construção das negociações com a as empresas.

Garantia de emprego ao grupo de risco

Uma das pautas a serem trabalhadas pela Fentifumo, da qual a federação não abrirá mão, nas negociações salariais deste ano diz respeito à manutenção dos empregos nas indústrias do tabaco. Pauta permanente na luta pela continuidade do emprego aos 40 mil trabalhadores no país, neste ano sobe de tom. A necessidade de preservar os empregos trabalhadores de sazonais e efetivos que estão nos grupos de risco do novo coronavírus tornou-se uma necessidade. “Temos que garantir que estres trabalhadores não serão discriminados e nem ficarão à margem do mercado de trabalho a partir de agora”, destaca Baptista Júnior.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus – em março desde ano – que a Fentifumo acompanha as ações em favor da saúde, mas focada também na manutenção dos postos de trabalho. “Nós queremos garantias que estes trabalhadores não ficarão sem suas oportunidades, no caso dos sazonais, assim como os que fazem parte do quadro efetivo não podem perder seus empregos. Esta, sem dúvida será uma pauta nestas negociações”, antecipa o presidente.