Negociação da Souza Cruz e Philip Morris não avança em três cidades

Santa Cruz do Sul – A negociação entre os trabalhadores da indústria do tabaco e as empresas Souza Cruz e Philip Morris ainda não foi 100% concluída. Conforme a Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo), o impasse que começou em outubro do ano passado seguirá pelo mês de fevereiro. Em Santa Cruz do Sul, trabalhadores e Souza Cruz não encerraram a pauta, assim como os empregados da Philip Morris em Rio do Sul, em Santa Catarina e dos municípios de Cocos e Jaborandi, na Bahia.

Para o presidente da Fentifumo, Gualter Baptista Júnior, novas reuniões entre os sindicatos e as empresas precisam ser agendadas para a conclusão das negociações. “A Federação acompanha os sindicatos nestas tratativas para a assinatura dos acordos coletivos referentes ao ano de 2019 e 2020, em discussão desde o fim do ano passado”, complementa.

Baptista explica que no caso da Souza Cruz, cuja data-base era o mês de novembro, a falta de acerto ocorre apenas no Rio Grande do Sul. Nas outras unidades da empresa, nas quais os sindicatos são vinculados à Fentifumo, as novas convenções já estão em vigor. “No caso da Philip Morris, existem impasses em Rio do Sul, no estado de Santa Cataria e também nas unidades de Cocos e Jaborandi na Bahia. Nestes dois municípios é a própria Fentifumo que representa os trabalhadores na mesa de negociação”, esclarece o presidente.

Por enquanto JTI e a as demais empresas, cuja data-base era dezembro de 2019, já finalizaram seus acordos. O reajuste dos empregados da JTI, por exemplo, levou em consideração a inflação do último ano, mais o ganho real aprovado pela categoria, resultando no percentual de 2,75%. “Este engloba o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – fechado em 2,55% e um ganho real de 0,20%.”

Chamada de safreiros deve ir até março

O presidente da Fentifumo explica que as contratações de trabalhadores para a safra 2020 seguirá até o mês de março. As primeiras linhas de produção já começaram a ser ocupadas com os primeiros safreiros empregados. “Estamos acompanhando com cautela este processo, pois existe uma perspectiva de redução no volume de empregos por conta da estiagem e a quebra na produção que já prejudica nossos irmãos trabalhadores do campo”, avalia o presidente.

Para a Fentifumo ainda é prematuro divulgar o índice de redução no número de safreiros durante esta safra. Há sólidos indicadores que serão empregados menos trabalhadores nesta safra, porém, ainda é necessário que ocorram todas as contratações para que se divulgue o balanço final de 2020.

FOTO: Jornal Olá/divulgação

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